O crescente interesse pela temática ambiental, social e de governança (ESG, na sigla em inglês), principalmente mudanças climáticas, impulsionou a formulação de regulações com o objetivo de trazer maior transparência e padronização ao tema. Com isso, o volume de emissões de GEE financiadas pelos investidores se tornou uma informação essencial para atores do mercado financeiro cumprirem seu dever fiduciário, descarbonizarem seus portfólios e garantirem a gestão eficiente do risco climático a que estão expostos.
Um grande desafio para a descarbonização de portfólios de investimento é a aplicação das metodologias existentes para o cálculo das emissões financiadas. Esse exercício de cálculo exige a estruturação de dados e análises que podem ser complexos para investidores que estão iniciando sua jornada de descarbonização.
A ferramenta facilita o cálculo das emissões financiadas por portfólios de investimento, disponibilizando uma estrutura padrão de análise que abrange emissões de escopo 1, 2 e 3. Ela é disponibilizada em um arquivo em formato de planilha editável que calcula as emissões de CO2e financiadas por um portfólio de investimento, considerando quatro possíveis classes de ativos:
Para aprimorar a qualidade e quantidade dos dados usados na ferramenta, o IPC firmou parceria com a DEEP, startup brasileira que desenvolve soluções tecnológicas para a identificação e aferição de impactos sociais e ambientais das atividades de empresas e organizações. Com isso, na versão 2.0 da ferramenta, a DEEP é responsável pela oferta de dados das emissões (Escopo 1, 2 e 3) das empresas que constam na base de dados da ferramenta de emissões.
DISCLAIMER
Os dados contidos na ferramenta são estimativas baseados em materiais e informações disponibilizados publicamente e não constituem recomendações de investimento.
O IPC – Investidores pelo Clima é uma iniciativa da NINT - Natural Intelligence, com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS), através de seu Programa Economia Zero Emissões, sendo uma abordagem pioneira, com o principal objetivo de engajar e capacitar investidores profissionais locais para que avancem na agenda da descarbonização de portfólios, enquanto buscam retornos melhor ajustados ao risco.
Alguns movimentos internacionais já vêm atuando junto a investidores visando a redução da pegada de carbono de seus portfólios. Tais movimentos entendem que tanto gestores quanto proprietários de ativos têm sua parcela de responsabilidade no processo de aquecimento global, uma vez que são financiadores da economia real.
Com base neste desafio, a NINT e o iCS assumiram protagonismo no engajamento de investidores nacionais a fim de que estes busquem contribuir com as metas assumidas no Acordo de Paris.
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