A partir do objetivo inicial de avaliar a exposição
climática da carteira dos bancos, foi elaborada a Régua
Multissetorial de Sensibilidade ao Risco Climático, aplicável de maneira transversal a diferentes setores e que serve como instrumento para priorização de ações relativas ao gerenciamento de Riscos Climáticos.
Entretanto, esta Régua é focada em operações para pessoas jurídicas (PJ), enquanto o financiamento ao setor agrícola no Brasil tem grande participação de pessoas físicas (PF). Este setor é um dos principais da economia brasileira e geralmente tem presença relevante na carteira bancária.
Ademais, o setor agrícola tem particularidades com relação à Sensibilidade aos Riscos Climáticos (ex.: diversidade entre as culturas, criticidade da questão locacional, existência de seguro rural) que não são capturadas pela Régua transversal aplicável a todos os setores.
Nesse contexto, surgiu a oportunidade de construção da Régua de Sensibilidade ao Risco Climático específica para o Setor Agro, incluindo Agricultura e Pecuária, tanto para clientes Pessoa Física quanto para clientes Pessoa Jurídica.
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A Régua de Sensibilidade ao Risco Climático do Setor Agro foi norteada pelos seguintes princípios:
• A Sensibilidade deve ser identificada por meio da combinação dos princípios de Proporcionalidade em relação à dimensão e de Relevância da exposição aos riscos, segundo critérios definidos pela instituição, conforme a resolução 4557/17 do Conselho Monetário Nacional (CMN).
• A Régua de Sensibilidade ao Risco Climático da Carteira Agro segue o mesmo racional da Régua Multissetorial, com a identificação de algumas variáveis que traduzem a Relevância e a Proporcionalidade aos Riscos Climáticos pela instituição financeira.
• Pelas características particulares do setor, a abordagem da Régua de Sensibilidade ao Risco Climático da Carteira Agro precisa ser mais específica e detalhada do que a abordagem generalista da Régua Multissetorial, além de cobrir tanto Agricultura como Pecuária.
• Foram considerados os Riscos Climáticos relevantes para o setor e a viabilidade de aplicação da Régua de Sensibilidade ao Risco Climático da Carteira Agro pelos bancos, tendo em conta a materialidade do risco e a existência de ferramentas para a gestão dos mesmos.
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